A mentira é utilizada por razões diversas: por medo de que a verdade traga consequências negativas, para tentar passar uma imagem de nós mesmos diferente do que realmente somos, para ter ganhos ou regalias, para fugir de situações constrangedoras, para evitar o sofrimento de alguém ou por razões patológicas.
Especialistas afirmam que a mentira é necessária para a integração em sociedade e faz parte do bom desenvolvimento. Mentir, por exemplo, sobre não poder ir a determinada festa, já que a verdade é que não estava realmente interessado.
As crianças mentem para se isentar de culpas, os adolescentes mentem para fugir de responsabilidades ou para serem aceitos pelo grupo, etc. As crianças só distinguem claramente realidade da fantasia por volta dos 7 anos.
Porém, a mentira pode e tem causado muito sofrimento, principalmente quando em forma de calúnia. É importante identificar quando o filho mente para ter benefícios da mentira e conversar abertamente mostrando o lado negativo da mentira e as vantagens de dizer a verdade.
A mentira só é considerada patológica se acontecer de forma crônica e compulsiva. Pessoas que vivem em um ciclo de mentiras e fazem dela um modo de viver são consideradas mitomaníacas. Não podemos confundir a mitomania com estelionatário ou corrupção. O mitomaníaco cria uma realidade paralela e passa a acreditar nela. O mitômano tem baixa auto-estima e dificuldade em aceitar sua própria realidade.
Várias são as razões para a doença. Um trauma por exemplo pode levar a pessoa a negar a realidade criando uma "realidade" paralela. Tratamento psicológico é necessário para reinserí-la socialmente de uma maneira saudável e trazer o indivíduo para a realidade.