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PSICOLOGIA DE GRUPO E A ANÁLISE DO EGO

Para Freud é necessário que a psicologia explique o fato de que, num grupo, o indivíduo pensa, sente e age de maneira inteiramente diferente daquela que seria esperada, estando isolado. E é isso que ele tentará no texto em questão: estudar os fenômenos inconscientes do grupo. Freud utiliza as idéias de Le Bon e de McDougall sobre o grupo. Também parte de conceitos próprios (da psicanálise) e explica que no grupo os indivíduos têm a ilusão de que existe um líder que os ama (pai substituto) e que esse líder exerce função primordial para a constituição do grupo. Ele chega a concluir que um grupo primário é um conjunto de indivíduos que colocaram um só e mesmo objeto no lugar de seu ideal do ego e, conseqüentemente, se identificaram uns com os outros em seu ego.
O texto é de grande importância principalmente no que traz à tona a questão do indivíduo não poder ser considerado apenas isoladamente, mas sim como membro de uma raça, de uma nação, de uma profissão, de uma instituição e que isso irá afetar diretamente no modo de entender e tratar sua psique. Por isso, ele se faz importante para o estudo nas mais diversas áreas do conhecimento humano.
Ele proporciona uma clarificação da visão psicanalítica sobre as formações de grupo e sobre o indivíduo inserido num grupo, nos levando a perceber que essa psicanálise, erroneamente considerada como um estudo do sujeito isolado, possui um rico conhecimento sobre o social. E que é possível envolver os conceitos psicanalíticos na gama de disciplinas que montam a epistemologia dos estudos sobre grupos.
Resenha: FREUD, Sigmund. Psicologia de grupo e a análise do ego (1921). Rio de Janeiro: Imago, 1976. v. 18, p. 89-147. (Edição Standard Brasileira da Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud).